Como Ir Para o Próximo Nível Sem Mudar o Meio Envolvente?

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Houve uma altura da minha vida que, sem me aperceber, tinha perdido toda a ambição que carregava comigo desde pequeno. Lembro-me pensar que “Não precisava de grande coisa para viver. Bastava ter o suficiente para pagar as despesas da casa e manter os meus filhos alimentados e na escola.”

Mais tarde percebi que esta forma de pensar e de viver foi o ponto mais baixo da minha vida. Era um sentimento profundo e como se diz: “nós somos o que pensamos e sentimos”…

Quando Tudo Começou...

Tudo tinha começado 4 anos antes, quando decidi tornar-me empresário. Era um sonho de criança. Ter a minha própria empresa.

 

Despedi-me da empresa onde trabalhava e reestruturei uma oficina que o meu pai tinha aberto há 50 anos atrás.

HOJE compreendo todos os ERROS que cometi.

 

Não tinha o mind set certo, mas disso falarei mais tarde. Um dos principais erros que cometi foi deixar-me rodear de pessoas menos ambiciosas do que eu.

 

No meu grupo, colaboradores, amigos e familiares, eu era o mais ambicioso e isso é um GRANDE PROBLEMA.

 

Sem me aperceber construi um ambiente envolvente propício para a desgraça.

 

“Nós somos a média das pessoas com que passamos mais tempo juntos”

 

E a minha média era muito baixa. Eu não tinha hipótese senão baixar os meu níveis de ambição, de positividade e de conhecimento.

 

Estava rodeado de pessoas que passavam os dias a lamentar-se.  Estava num ambiente onde a procura de novas oportunidades não era uma prioridade. Pelo contrário, sempre que uma oportunidade surgia, toda a gente que me rodeava arranjava “n” problemas e razões para não ir atrás e a aproveitar, para conhecer mundos novos e evoluir. E como é comum, quando conhecemos algo novo e estamos entusiasmados, vamos falar com as pessoas que nos rodeiam, amigos e familiares.

O Problema...

Qual era o meu problema? É que as pessoas que me rodeavam não procuravam coisas novas e melhores. Por mais problemas que tivessem nas suas vidas, fugiam a sete pés do desconhecido, daquilo que lhe podia causar desconforto.

Na realidade, dei por mim deprimido e sem acreditar que poderia ter um futuro melhor.

Para mim, parecia uma conspiração. Quando me despedi para montar a empresa, tinha pegado nas rédeas da minha vida e nada tinha funcionado. O universo estava contra mim.

Nem energia tinha para pensar onde tinha errado. Simplesmente deixei-me influenciar pelo meio que me rodeava.

Vivia uma vida de sonâmbulo. Acordava, ia trabalhar e voltava para casa. Parecia que estava acordado mas não estava.

Mas um dia acordei. De uma forma muito estranha.

Ia almoçar ao volante de um carro bastante antigo, um Rover 600 emprestado pelo meu sogro. Durante a viagem estava a ouvir um seminário de um senhor chamado Jim Rohn.

Durante a viagem, numa determinada altura, ele disse:

“Se não precisas de grande coisa para viver, também não tens que te tornar grande coisa.”

Esta frase do Jim Rohn teve um efeito em mim equivalente ao de uma “PAULADA” na nuca.

Eu compreendi que, se continua-se naquele caminho, os meus filho iriam ser iguais a mim ou piores. 

No fundo, estava a ensinar os meus filhos a deambularem pela vida, sem ambição e sem necessidade de serem grande coisa. De aprender, de ter sonhos e de querer mudar o mundo, como a maioria de nós, enquanto crianças, sonha…

Esse foi o momento de mudança. E uma das coisas que tinha aprendido e não tinha aplicado, era controlar o ambiente que me rodeava.

Isso significava escolher as pessoas para conviver, os locais para passar o dia e, principalmente, o que ia ouvir, ler e ver.

A Solução...

Esta alteração da rotina diária, ao longo do tempo, mudou a minha vida. Não só a minha forma de pensar e ver o mundo, mas os meus resultados, rendimentos, as relações e a educação que passei a dar aos meu filhos.

No que se refere à transformação do seu meio envolvente, as regras elementares a ter, se pretender criar uma vida de felicidade e abundância, são as seguinte:

1 – Escolha as pessoas com quem passa o seu tempo.

Isso não significa deixar de passar tanto tempo com amigos e familiares que são negativos ou passam a vida a falar da bola, dos acidentes, dos boatos e dos queixumes normais de quem quer mais mas não está disposto a mudar.

Não me interprete mal, não estou a dizer que deve ser mal educado, arrogante ou egoísta. O que quero dizer é que, em vez de passar 10 horas por semana com pessoas que não partilham a sua visão do mundo, pode passar apenas 10 minutos.

Significa que em vez de interagir nas conversas que as pessoas têm, ouve 1 minuto para não haver indelicadeza e informa que tem que ir a algum lado, fazer alguma coisa.

Depois de restringir o tempo com pessoas negativas e com menos ambição que você, tem que arranjar forma de passar tempo com pessoas melhores que você. Pessoas que pressionam, que puxam para que saia da sua zona de conforto, aprenda e se desenvolva.

Hoje partilho o meu tempo com um grupo de pessoas ambiciosas. Pessoas que ganham 6 dígitos e 7 dígitos e que estão continuamente a puxar para chegarem aos 8 e 9 dígitos. Mas nem sempre foi assim.

No ínicio, quando tomei a decisão de escolher as pessoas com quem passo mais tempo, não conhecia milionários, nem pessoas que trabalhavam para o ser.

Nesa altura, tornei o meu carro numa biblioteca móvel. Comprei curso e seminários de pessoas que já tinham chegado onde eu queria chegar e estavam dispostas a partilhar a sua experiência comigo.

Comprei audio do Jim Rohn, Eric Worre, Napoleon Hill, Grant Cardone, Dean Graziosi, Tony Robbins, Robert Kiyosaki, Og Mandino, George Clason, Tim Ferriss entre outros…

O Time growing e os programas que faço: entrevistas, áudios e vídeos, têm como objetivo de ser uma fonte de positividade e aprendizagem.

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2 – Escolha os locais onde quer receber informação.

Neste século, estamos rodeado de fontes de informação. A grande maioria destes veículos de comunicação são altamente prejudiciais. Isso significa que não nos dão saúde nem nos encaminham para o futuro que desejamos.

Refiro-me aos noticiários e a qualquer veículo informativo que tenha mensagens negativas, de desgraça ou sobre informação que não está alinhada com os seus objetivos.

Um bom exemplo:

Se não joga à bola, não é jornalista desportivo e não é manager desportivo, é um bom princípio não passar 3 a 5 horas por semana a ver jogos e programas de informação desportiva. Pode escolher uma fonte que resuma tudo o que aconteceu durante a semana em 5 minutos.

Outro bom exemplo: É, para si, importante ver as entrevistas feitas a pessoas que viram os acidentes, os incendias, que perderam as suas casas etc., etc., etc? Nos noticiários televisivos, essas entrevistas acupam 95% do tempo.

3 – Escolha um local sem distrações onde possa passar 15 a 30 minutos por dia a ler, relaxar, ouvir música, etc.

Vivemos num mundo onde a facilidade de acesso à informação e enorme. Vamos ao google e sabemos o que queremos, as opiniões, ideias e comentários de outras pessoas, estudos e muito mais.

Esta facilidade acesso à informação transformou-nos em pessoas mandrionas. Pessoas que já não utilizam as capacidades de raciocínio para aprofundar um tema ou chegar a conclusões por nós próprios. Vamos ao google e aceitamos a informação como dado adquirido.

Como sabe, o cérebro funciona como um músculo. Se não fizer muitos abdominais, em vez de desenvolver músculo, desenvolve gordura. E tenho a certeza que não quer uma mente com gordura…

Todas as pessoas para crescerem, tornarem-se mais valiosas para a sociedade e tornarem-se mais abundantes, tem que passar por processos transformacionais que podem ser doloroso.

Lição Aprendida...

O que eu aprendi foi que a melhor forma para o fazer é colocar desafios que nos obriguem a mudar e a evoluir.

Numa entrevista que o Sir Richard Branson deu, o jornalista perguntava como é que, um homem como ele, na situação em que se encontrava, se conseguia desafiar. O Richard contou uma história que se passou numa altura da sua vida, em que se sentia muito confortável e decidiu fazer algo inimaginável:

Comprou uma Ilha por um preço absurdamente alto e que, na altura, não tinha hipótese de a pagar. Isso fez com que se desafiasse e criasse novos projetos que lhe dessem o dinheiro que precisava para pagar o empréstimo que contraiu.

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Sobre mim...

Chamo-me  Ludgero Marques. Sou consultor e treinador nas áreas da eficiência e da transformação pessoal e organizacional. Sou marketer e criei um negócio espalhado por 25 países.

Acredito que qualquer pessoa, se tiver acesso à informação, às ferramentas e às pessoas certas, pode realizar qualquer objetivo que se proponha.